Primeiro como tragédia, depois como farsa

Slavoj Žižek

R$ 43,00 Comprar

Primeiro como tragédia, depois como farsa
  • autor: Slavoj Žižek
  • tradutor: Maria Beatriz de Medina
  • quarta capa: Los Angeles Times
    Times Literary Supplement
    The New Yorker
título original:
First as tragedy, then as farce
edição:
2
selo:
Boitempo
páginas:
136
formato:
23cm x 16cm x 2cm
peso:
240 Gramas
ano de publicação:
2011
encadernação:
Brochura
ISBN:
9788575591741

Em Primeiro como tragédia, depois como farsa - analogia à famosa frase de Karl Marx em O 18 de brumário sobre a repetição dos Bonaparte no poder (Napoleão e Luís) -, o filósofo esloveno Slavoj Žižek sustenta a tese de que vivemos em uma nova etapa do capitalismo global, na qual o mesmo discurso que garantiu uma ofensiva geopolítica após os atentados de 11 de setembro tem encontrado dificuldade em se sustentar no período pós-crise financeira de 2008. Traçando uma argumentação tanto da tragédia como da atual farsa, o autor expõe o cinismo contemporâneo dos pregadores e praticantes da democracia liberal ao analisar o discurso do presidente Bush em dois momentos diferentes que evocam a suspensão parcial dos valores norte-americanos (garantia de liberdade individual, capitalismo de mercado) para salvar da falência esses mesmos valores. A Žižek parece, portanto, que a utopia democrático-liberal teve de morrer duas vezes, já que o colapso da utopia política do 11 de Setembro não trouxe o fim da utopia econômica do capitalismo de mercado global, o que só ocorreu com a crise financeira de 2008.Para o autor, o mais atual anacronismo vivido pelas nações modernas teve início com a queda do Muro de Berlim, evento histórico que parecia anunciar a vitória da democracia liberal e o surgimento de uma comunidade global sem fronteiras. O 11 de Setembro, no entanto, revelou um movimento oposto com o surgimento de novos muros e contradições: entre Israel e Cisjordânia, em torno da União Europeia, na fronteira entre Estados Unidos e México e até no interior de Estados-nações, que acolhem 'cidadãos globais' que vivem isolados em 'castelos na Escócia, apartamento em Manhattan e ilha particular no Caribe', além dos moradores das favelas e bolsões de pobreza, que são o outro lado da mesma moeda.As condições e consequências da crise em curso são abordadas em uma análise que se autoafirma engajada. Dividido em dois capítulos, o livro faz um diagnóstico do âmago utópico da ideologia capitalista e busca localizar aspectos dessa difícil situação que abrem espaço para novas formas de práxis comunista. 'A única maneira de compreender a verdadeira novidade do novo é analisar o mundo pela lente do que era 'eterno' no velho', afirma Zizek. Tomando a idéia de comunismo como 'eterna' não no sentido de uma série de características universais e abstratas que podem ser aplicadas em toda parte, mas no sentido de que deve ser reinventada a cada nova situação histórica, Zizek propõe uma mudança de perspectiva, que questione a situação atual do ponto de vista da ideia emancipadora e não mais a pertinência desta como ferramenta de análise e prática política.