O valor da informação

de como o capital se apropria do trabalho social na era do espetáculo e da internet

Marcos Dantas , Denise Moura , Gabriela Raulino , Larissa Ormay

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O valor da informação
  • autor: Marcos Dantas
    Denise Moura
    Gabriela Raulino
    Larissa Ormay
  • orelha: Fábio Palácio
  • capa: Artur Renzo
  • apoio: Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura da Escola de Comunicação da UFRJ (PPGCOM/ECO-UFRJ) e do Grupo Marxiano de Pesquisa em Informação, Comunicação e Cultura (ComMarx)
coleção:
Estado de Sítio
selo:
Boitempo
páginas:
312
formato:
21cm x 14cm x 2cm
peso:
411 Gramas
ano de publicação:
2022
encadernação:
brochura
ISBN:
9786557171653

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O valor da informação é um estudo inédito e provocador que examina três grandes processos em curso na sociedade capitalista contemporânea: a apropriação do conhecimento pelos direitos de propriedade intelectual, a geração de valor por trabalho não pago dos usuários nas plataformas e redes sociais da internet e a produção e apropriação de rendas informacionais por meio do espetáculo audiovisual, com foco nos grandes campeonatos de futebol.

 

Com a ótica da teoria marxiana do valor-trabalho aplicada à teoria da informação, os autores apresentam temas extremamente atuais e com o mérito de unir uma teoria tradicional e consagrada a práticas absolutamente modernas – um tema já tratado de forma esparsa por outros autores, mas pela primeira vez reunido de forma consistente e aprofundada numa única publicação.

 

Entre outras considerações, é colocada uma questão central para reflexão: a informação é uma mercadoria? Nos três eixos da obra, são expostos os grandes conglomerados empresariais, suportados pelo capital financeiro, que comandam o trabalho de artistas, cientistas e mesmo da sociedade em geral, por meio da apropriação do mais-valor que geram graças à constante troca de informações.

 

“Hoje em dia, não há como negar que a informação foi reduzida a mercadoria e, assim, entendida acriticamente pelo senso comum. Também avançou, nos últimos trinta ou quarenta anos, no conjunto do mundo capitalista, um amplo processo de privatização dos serviços públicos. Nas últimas quatro ou cinco décadas, o capital veio fazendo da informação o alfa e o ômega de suas relações de produção e consumo”, comentam os autores na introdução da obra.

 
Trecho
“As plataformas sociodigitais, como Google, Facebook, YouTube e Instagram, têm estado bastante presentes no cotidiano das pessoas. Quer seja para interagir com os amigos, trabalhar, comprar, fazer pesquisas ou apenas se divertir, as diversas práticas sociais estão cada vez mais integradas a esse tipo de mediação. A importância social e econômica que essas plataformas desempenham é significativa. O problema, no entanto, é a tendência de naturalizar a apropriação dessas tecnologias como plenamente positiva, olvidando as relações de exploração na qual se inserem – e que remetem diretamente às novas configurações do capitalismo e da sociedade contemporânea”.