O romance histórico
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apresentação:
Arlenice Almeida da Silva
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quarta capa:
Arlenice Almeida da Silva
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autor:
György Lukács
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tradutor:
Rubens Enderle
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orelha:
Carlos Eduardo Ornelas Berriel
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apoio:
Instituto Goethe
- título original:
- Der Historische Roman
- edição:
- 1
- coleção:
- Biblioteca Lukács
- selo:
- Boitempo
- páginas:
- 440
- formato:
- 23cm x 16cm x 3cm
- peso:
- 670 Gramas
- ano de publicação:
- 2011
- encadernação:
- Brochura
- ISBN:
- 9788575591802
"A interação entre o espírito histórico e a grande literatura que retrata a totalidade da história"
Escrito em 1936-37, O romance histórico de György Lukács é considerado o trabalho mais significativo do filósofo nos anos de exílio na União Soviética. Inédito em português, o livro traz textos preparatórios para uma "estética marxista". Nele, o filósofo húngaro amadurece os fundamentos da sua teoria dos gêneros literários com uma abordagem materialista da história da literatura moderna e investiga a natureza da interação entre o espírito histórico e a grande literatura: correntes, ramificações e pontos de confluência que, do ponto de vista da teoria, são característicos e imprescindíveis. "E isso apenas em relação à literatura burguesa; a mudança provocada pelo realismo socialista ultrapassa os limites de meu estudo", delimita o autor.
O livro, que conta com apresentação de Arlenice Almeida da Silva e orelha de Carlos Eduardo Ornelas Berriel, mostra como a gênese e o desenvolvimento, a ascensão e o declínio do romance histórico são consequências necessárias das grandes convulsões sociais dos tempos modernos. "Estamos diante de um ensaio feito de deslocamentos e aproximações que entrelaçam literatura, experiência e figuração do tempo. Ele [...], sobretudo, enuncia de lugar improvável uma crítica corajosa contra o pensamento socialista ortodoxo, dito vulgar", afirma Arlenice.
Com esses estudos, Lukács também pôde amadurecer sua teoria sobre o realismo, que para ele não corresponde a uma escola literária, mas sim a uma forma literária que reconstitui o homem na sua totalidade - o que seria particularmente perceptível na obra de Walter Scott, o "grande poeta da História", que introduziu na literatura épica o retrato dos costumes e das circunstâncias dos acontecimentos, o caráter dramático da ação e, em estreita relação com isso, o novo e importante papel do diálogo no romance, como assinala o filósofo.