Margem Esquerda 13
Dossiê: Hegemonia em tempos de crise
R$ 47,00 Livro Indisponível
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entrevista:
Marilena Chaui
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dossiê:
José Luís Fiori
Robert Brenner
Peter Gowan
François Chesnais
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artigos:
Marcello Musto
Grasiela Baruco
Immanuel Wallerstein
Edilson José Graciolli
Marcílio Rodrigues Lucas
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clássico:
György Lukács
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comentário:
Geraldo Magella Neres
Marcos Del Roio
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resenhas:
Marisa Deaecto
Fabio Mascaro Querido
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notas de leitura:
Rodrigo Castelo
Afrânio Mendes Catani
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poesia:
Julio Cortázar
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imagens:
Rogério Ferrari
- edição:
- 13
- coleção:
- Margem Esquerda
- selo:
- Boitempo
- páginas:
- 160
- formato:
- 23cm x 16cm x 1cm
- peso:
- 200 Gramas
- ano de publicação:
- 2009
- encadernação:
- Brochura
- ISBN:
- 9771678768400
Dossiê: Hegemonia em tempos de crise
A transformação da crise dos mercados imobiliário e financeiro dos Estados Unidos em uma crise econômica global levou à desmoralização o discurso liberal em todo o mundo. Para avaliar seus impactos e alternativas, Margem Esquerda n.13 traz o dossiê “Hegemonia em tempos de crise”, composto por alguns dos mais importantes analistas desse fenômeno: o francês François Chesnais, o norte-americano Robert Brenner, o brasileiro José Luís Fiori e o inglês Peter Gowan. Chesnais, formulador da tese da financeirização do capitalismo, destaca a longevidade da recessão e as duras consequências para os trabalhadores. Mas lembra que a situação atual apresenta oportunidade ímpar para a construção de alternativas.
A capacidade de recomposição conservadora da hegemonia norte-americana é analisada por Fiori, que discute ainda a ampliação das alianças lideradas por Washington, na busca de um novo consenso que permita reformular suas condições de dominação. Coerente com sua tese sobre o capitalismo, Brenner diz que vivemos uma etapa da declinante perda de vitalidade das economias centrais. Fórmulas fictícias e momentâneas de fomentar o crédito ao consumo finalmente explodiram, produzindo um desequilíbrio de proporções incalculáveis e de longa duração. Gowan, por sua vez, discute o projeto de um modelo público que se choca com a hegemonia financeira construída nos anos 1970.
Abrindo esta edição está a filósofa brasileira Marilena Chaui, entrevistada por Francisco de Oliveira, Rodrigo Nobile, Olgária Matos e Wolfgang Leo Maar. Na pauta, sua formação, suas leituras, a universidade, o Partido dos Trabalhadores. Da seção Artigos fazem parte: Immanuel Wallerstein – “O duradouro legado da revolução mundial de 1968”, texto polêmico no qual diz que 1968, apesar da derrota, foi o evento mais importante do século XX; Marcello Musto – “A redescoberta de Karl Marx”, sobre as obras completas de Marx-Engels (Mega-2) –; Marcelo Carcanholo e Grasiela Baruco – “As aventuras de Karl Marx contra a pulverização pós-moderna das resistências ao capital”, no qual procuram recolocar a crítica social em um plano marxista totalizante; e Edilson Graciolli e Marcílio Lucas – “‘Terceiro setor’ e ressignificação da sociedade civil”, uma anotação crítica sobre conceitos que ganham corpo no ideário contemporâneo.
O clássico da vez é inédito, redigido pelo filósofo húngaro György Lukács, em janeiro de 1967. Trata-se de um posfácio à nova edição de Lenin: sobre a unidade de seu pensamento – escrito logo após a morte do líder bolchevique em 1924. De outro livro e outro importante pensador trata o comentário deste número – assinado por Marcos Del Roio e Geraldo Magella Neres – sobre Antonio Gramsci in contrappunto: dialoghi col presente, volume de Giorgio Baratta que propõe um acerto de contas com a forma de ler e discutir a obra de Gramsci.
Já o poema “Policrítica na hora dos chacais”, de Julio Cortázar, faz uma defesa apaixonada de Cuba. Foi a forma que encontramos para homenagear simultaneamente o cinquentenário da Revolução e um dos maiores escritores de todos os tempos. Nas palavras de Flávio Aguiar: "Nascido em Bruxelas, aos quatro anos Cortázar mudou-se para a Argentina, onde se formou em Letras e tornou-se professor. Em 1951, por discordar do governo peronista, mudou-se para Paris, onde morou até morrer. Publicou livros de renome mundial. Foi criticado por morar na França – por aqueles que julgavam ter ele perdido sua identidade latino-americana, porém manteve sempre um compromisso aberto, arejado e não isento de crítica com o que de melhor havia na América Latina. Apoiou a Revolução Cubana, o governo de Allende e os Sandinistas. Mais conhecido como romancista e contista, Cortázar foi também tradutor, poeta e ensaísta. O texto que Margem Esquerda apresenta, em prosa poética, foi publicado em Cuba no auge da campanha contra o governo revolucionário dessa `vanguarda admirável da América`. Certa vez, em referência à Revolução Mexicana de 1910, Alfonso Reyes afirmou que todo o intelectual latino-americano tinha duas pátrias: a sua e o México. Desde 1959, tem três, o que inclui Cuba".
"O teatro brasileiro perdeu, neste semestre de 2009, dois grandes nomes: Augusto Boal e Reinaldo Maia. Boal, ex-integrante do Teatro de Arena, criador do Teatro do Oprimido e autor de livros traduzidos para mais de vinte idiomas, morreu de leucemia no dia 2 de maio. Maia, dramaturgo, diretor e ator teatral, um dos criadores do grupo Folias d’Arte, foi vítima de um enfarte fulminante na manhã do dia 17 de abril. A esses dois resistentes, que não se dobraram ao “mercado”, dignificaram e entenderam o teatro como meio de emancipação política e de intervenção social, dedicamos esta edição". – Ivana Jinkings
Sumário
Apresentação
Ivana Jinkings
Entrevista
Marilena Chaui
Por Francisco De Oliveira, Rodrigo Nobile, Olgaria Matos e Wolfgang Leo Maar
Dossiê: Hegemonia em tempos de crise
Um momento histórico crítico
François Chesnais
A esquerda e a crise
José Luís Fiori
A crise que se aprofunda
Robert Brenner
Crises na capital
Peter Gowan
Artigos
A redescoberta de Marx
Marcello Musto
As aventuras de Karl Marx contra a pulverização pós-moderna das resistências ao capital
Marcelo Dias Carcanholo e Grasiela Cristina da Cunha Baruco
O duradouro legado da revolução mundial de 1968
Immanuel Wallerstein
“Terceiro setor” e ressignificação da sociedade civil
Edilson José Graciolli e Marcílio Rodrigues Lucas
Clássico
Posfácio a Lenin
Georg Lukács
Comentário
Como e por que ler Gramsci hoje
Geraldo Magella Neres e Marcos Del Roio
Resenhas
O marxismo de Caio Prado Jr.
Marisa M. Deaecto
Em defesa da totalidade: o humanismo marxista de Lucien Goldmann
Fábio Mascaro Querido
Notas de leitura
Leandro Konder: memórias de um intelectual comunista
Rodrigo Castelo Branco
As duas faces do gueto
Afranio Mendes Catani
Poesia
Policrítica na hora dos chacais
Julio Cortázar
Ilustrações
Rogério Ferrari