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autor:
Arlenice Almeida da Silva
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prefácio:
Jorge de Almeida
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orelha:
Ricardo Musse
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capa:
Leticia Antonio
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apoio:
Fapesp
- edição:
- 1
- selo:
- Boitempo
- páginas:
- 400
- formato:
- 23cm x 16cm x 3cm
- peso:
- 640 Gramas
- ano de publicação:
- 2021
- encadernação:
- brochura
- ISBN:
- 9786557170816
Arlenice Almeida da Silva, professora de estética e filosofia da arte na Unifesp, examina nesta obra os primeiros escritos estéticos de György Lukács. Com base em ensaios, cartas, diários e manuscritos inacabados de Lukács, escritos entre 1908 e 1918, a autora demonstra a atualidade e a relevância da primeira estética do filósofo húngaro, buscando preencher uma lacuna nos estudos sobre essa fase do pensamento lukacsiano no Brasil.
A primeira parte do livro aproxima esses escritos do contexto das vanguardas europeias, em especial a húngara e a alemã, detalhando a análise de Lukács sobre o fenômeno da cultura na modernidade. Em diálogo com o romantismo, destaca-se a originalidade de sua crítica estética, baseada na reflexão histórica e filosófica dos gêneros literários e de autores particulares, como Theodor Storm, Stefan George, Paul Ernst, Novalis, Laurence Sterne, Charles-Louis Philippe, Richard Beer-Hofmann e Søren Kierkegaard.
Na segunda parte, a obra demonstra como o jovem Lukács, em diálogo com várias correntes do pensamento pós-kantiano, estruturou uma estética centrada na autonomia da obra de arte. Emerge da leitura, ao fim, um Lukács ainda jovem e sempre vivo, interessado em buscar novas formas para expressar os impasses de nossas antigas encruzilhadas.
Trecho
“Lukács circunscreve os dilemas da forma literária, com reflexões sobre todos os gêneros, incluindo reflexões sobre o homem, a amizade, o amor, a solidariedade ou a morte. É uma filosofia que, com lucidez, dá passos seguros para além do começo, na direção da compreensão da crise da cultura. Uma filosofia que avança ao exacerbar os problemas e os paradoxos da busca pela atividade espiritual verdadeira, que intensifica ironicamente os limites do Eu, haja vista que, com os românticos, Lukács sabe que a ironia 'é a forma do paradoxo' e que o paradoxo 'é tudo que é ao mesmo tempo bom e grande'. Uma filosofia da arte que, sobretudo, não recua diante da resistência das coisas, ousando, de algum modo, subverter a metafísica tradicional.”