A guerra civil na França

Karl Marx

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A guerra civil na França
  • autor: Karl Marx
  • tradução e notas de: Rubens Enderle
  • apresentação: Antonio Rago Filho
  • orelha: Lincoln Secco
  • quarta capa: Antonio Rago Filho
título original:
“Einleitung zu der Bürgerkrieg in Frankreich, von Karl Marx” e “Briefe” (dentre outros)
edição:
1
coleção:
Marx & Engels
selo:
Boitempo
idioma:
Portuguese
páginas:
272
formato:
23cm x 16cm x 2cm
peso:
334 Gramas
ano de publicação:
2011
encadernação:
Brochura
ISBN:
9788575591734

A clássica análise de Marx sobre a Comuna de Paris

A guerra civil na França, texto escrito originalmente em 1871 por Karl Marx como 'Terceira Mensagem do Conselho Geral da Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT)' e difundido como livro na Europa e nos Estados Unidos. Em edição posterior, de 1891, Friedrich Engels acrescentaria as duas primeiras mensagens de Marx para a Internacional, complementando as bases dos estudos históricos dessa que foi a primeira experiência histórica de tomada de poder pela classe trabalhadora.A célebre obra traz ao mesmo tempo um retrato da breve existência (72 dias) da Comuna de Paris e um chamado à ação da classe trabalhadora francesa contra a repressão praticada pelas forças militares de Versalhes em oito dias de extermínio do poder comunal, de 21 a 28 de maio de 1871, conhecida como 'Semana Sangrenta'. Marx apresenta um relato entusiasmado sobre a defesa de Paris por uma maioria de origem operária.O regime comunal é revelado pelo filósofo alemão como a forma política que levaria à emancipação econômica do trabalho, em que este deixa de ser um atributo de classe. 'É uma obra de alcance universal sobre como a usurpação do poder promovida pelos representantes da burguesia, das camadas médias e dos setores rurais timbrados pelos interesses dinásticos foi confrontada pela crítica das armas dos trabalhadores', afirma o historiador e professor de história da PUC, Antonio Rago Filho, em texto de apresentação do livro.Para o historiador da USP, Lincoln Secco, responsável pelo texto de capa da obra, a leitura dos escritos de Marx é essencial para uma revisão da Comuna de Paris: 'Se em O 18 de Brumário de Luís Bonaparte Marx nos mostrava como um homem medíocre pôde governar sob a fantasia de 'Napoleão III', aqui ele nos responde por que um mentiroso, um corrupto e um falsificador conseguiram derrotar a Comuna e liderar o regime anônimo da burguesia: a República Parlamentar'.Com tradução - diretamente dos originais em inglês e alemão - e notas de Rubens Enderle, a edição da Boitempo incorpora rascunhos de Marx e uma introdução de Friedrich Engels para a publicação de 1891. O volume traz ainda correspondências, uma entrevista de Marx a R. Landor e a cronologia da Comuna, acompanhada de um índice onomástico das personagens citadas no texto principal e de uma cronobiografia resumida de Marx e Engels - que contém aspectos fundamentais da vida pessoal, da militância política e da obra teórica de ambos -, com informações úteis ao leitor, iniciado ou não na obra marxiana.

Trecho do livro

Thiers, esse gnomo monstruoso, encantou a burguesia francesa por quase meio século por ser a expressão intelectual mais acabada de sua própria corrupção de classe. Antes de se tornar um estadista, ele já havia dado provas de seus poderes mentirosos como historiador. A crônica de sua vida pública é o relatório dos infortúnios da França. (...) O Segundo Império havia mais do que dobrado o déficit nacional e mergulhado todas as grandes cidades em pesadas dívidas municipais. A guerra havia aumentado espantosamente o passivo da nação e arrasado impiedosamente seus recursos. Para completar a ruína, lá estava o Shylock prussiano com sua fatura relativa à manutenção de meio milhão de seus soldados em solo francês, sua reparação no valor de cinco bilhões e mais juros de 5% sobre as prestações não pagas. Quem iria pagar essa conta? Somente pela derrubada violenta da República os apropriadores da riqueza poderiam esperar lançar aos ombros de seus produtores o custo pela guerra que eles, os apropriadores, haviam iniciado. E assim a imensa ruína da França estimulava esses patrióticos representantes da terra e do capital, sob os olhos e patrocínio do invasor, a enxertar na guerra estrangeira uma guerra civil – uma rebelião dos escravocratas. No caminho dessa conspiração erguia-se um grande obstáculo – Paris. (...) A antítese direta do Império era a Comuna. O brado de “República Social” com que a Revolução de Fevereiro foi anunciada pelo proletariado de Paris não expressava senão a vaga aspiração de uma república que viesse não para suprimir a forma monárquica da dominação de classe, mas a dominação de classe ela mesma. A Comuna era a forma positiva dessa república

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