Capitalismo pandêmico
R$ 47,00 Comprar
-
autor:
Ricardo Antunes
-
orelha:
Virgínia Fontes
-
capa:
Antonio Kehl, com base na pintura “Vários círculos”, óleo sobre tela (1926), de Wassily Kandinsky (Wikimedia Commons)
- edição:
- 1
- coleção:
- Mundo do trabalho
- selo:
- Boitempo
- páginas:
- 152
- formato:
- 23cm x 16cm x 2cm
- peso:
- 250 Gramas
- ano de publicação:
- 2022
- encadernação:
- brochura
- ISBN:
- 9786557171585
Você conhece o Armas da crítica?
Confira aqui mais informações sobre o clube do livro da Boitempo e acesse aqui o guia de leitura de Capitalismo pandêmico, livro 19 do clube.
__________________________________________
De que forma a pandemia agravou as já abissais desigualdades sociais no Brasil, na América Latina e no mundo? Como o capital se comporta diante de uma crise sanitária dessa magnitude? É possível afirmar que a brutal expansão da covid-19 tem preferência de classe, gênero, raça e etnia? Nesta obra, o professor de sociologia do trabalho Ricardo Antunes apresenta diversos textos escritos nos últimos anos que conceituam o atual estágio do desenvolvimento capitalista, em especial no que se refere aos novos modos de sujeição do trabalho. Seu foco principal é interpretar de que forma a pandemia e a gestão Jair Bolsonaro vêm determinar um capitalismo já em crise.
Antunes destrincha diversos temas como a relação da pandemia com as reformas trabalhistas feitas nas últimas décadas, o aumento do desemprego, a constante precarização do trabalho e o afrouxamento dos vínculos empregatícios. Retomando o léxico e uma série de descobertas expostos em seus livros anteriores, o autor nos oferece uma análise da conjuntura em que nos encontramos, com seus vieses de raça, classe, gênero etc., sob o pano de fundo de uma análise marxista dos rumos do capitalismo contemporâneo.
Escrito sob o calor dos fatos narrados, sem esconder a indignação crítica de que se alimenta, este livro é uma oportunidade de conhecer as grandes linhas do pensamento de um de nossos maiores intérpretes do mundo do trabalho, aplicado quase em tempo real a nosso sombrio dia a dia. No melhor estilo da prosa dialética, comparecem aqui os terríveis suplícios a que é submetida a classe trabalhadora contemporânea, mas também a visão de um futuro melhor que só pelas mãos dela pode ser construído.
Trecho
“A ideia de que o socialismo acabou é uma ficção que, infelizmente, encontra muitos adeptos. Se o capitalismo levou pelo menos três séculos para se construir (desde a acumulação primitiva até a revolução industrial), por que o socialismo teria que ter se constituído, em sua plenitude, em um único século ou um pouco mais? A pandemia do capital tornou a invenção de um novo modo de vida o imperativo maior de nosso tempo".